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terça-feira, 8 de maio de 2012
Insuficiência renal crônica
Livro ajuda paciente renal crônico a ter uma alimentação adequada, diversificada e, ao mesmo tempo, saborosa
Hipertensos e portadores de diabetes devem ter atenção redobrada à possibilidade de desenvolver a insuficiência renal crônica — doença que, nos estágios mais avançados, pode levar o paciente à necessidade de filtragem artificial do sangue (hemodiálise) ou transplante. Uma pesquisa feita na UENF com 104 pacientes renais constatou que a causa da insuficiência renal, em 49% deles, era a hipertensão arterial, e em 36,5%, o diabetes tipo 2. A pesquisa foi feita pela mestranda Neila Faber da Silva, sob orientação da professora Karla Silva Ferreira, do Laboratório de Tecnologia de Alimentos (LTA) do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA).
— Portanto, quem sofre de hipertensão ou diabetes deve seguir rigorosamente as recomendações do médico, usando regularmente os medicamentos recomendados e adotando hábitos de vida saudáveis para controlar estes problemas, como boa alimentação e atividade física regular — afirma a professora Karla, que deverá lançar, ainda este mês, um livro de receitas com informações nutricionais para facilitar e melhorar a alimentação destes pacientes.
Intitulado ‘Alimentação adequada e qualidade de vida na doença renal crônica: receitas com informação nutricional’, o livro pretende ajudar o paciente renal crônico a ter uma alimentação adequada, diversificada e saborosa. Com lançamento previsto para este mês, o livro também ficará disponível na internet.
Segundo Karla, a doença renal crônica se caracteriza pela presença de dano renal ou redução da função renal por um período igual ou superior a três meses, independentemente das causas. Inicialmente, pode não apresentar sintomas. Como uma doença crônica, ela vai se agravando com o decorrer do tempo. Quanto mais cedo a insuficiência renal for diagnosticada, mas rápido e eficaz será o tratamento.
— É possível, por exemplo, retardar a progressão da doença, adiando o início da hemodiálise, o que trará ganhos para a qualidade de vida do paciente e redução de custos do sistema público de saúde. Mas para isso é preciso que a pessoa siga uma dieta adequada. Neste estádio, há a necessidade de rigoroso controle na ingestão de proteínas, fósforo e potássio. O excesso de proteína contribui para acelerar a deterioração da função renal — explica.
Segundo a professora, a maior parte dos alimentos possui elevados teores de fósforo e de potássio, como, por exemplo, o feijão, os diversos tipos de batatas, o inhame e muitas outras hortaliças, frutas, refrigerantes e carnes. Por este motivo, a dieta para estas pessoas é difícil de ser seguida. O excesso de fósforo, por exemplo, pode dar origem a problemas cardíacos nestes pacientes. E o de potássio, a morte repentina.
— Manifestações cardíacas são mais perigosas e frequentes quando a concentração plasmática de potássio ultrapassa 8,0 mEq/l. Quando isto ocorre, o paciente pode apresentar bradicardia, hipotensão, fibrilação ventricular e parada cardíaca — explica. O contrário ocorre com o cálcio, cuja absorção é limitada, devendo, portanto, ter seu consumo aumentado.
Após o paciente ter entrado em hemodiálise, a dieta pode ser mais liberal quanto aos teores de proteína. Entretanto, este terá sua vida mais restrita, o que faz com que os portadores desta doença sofram com a necessidade de constantes visitas ao médico, sessões semanais de hemodiálise (que duram em torno de quatro horas) além das restrições alimentares, fatores que desestruturam sua rotina e comprometem a qualidade de vida.
— Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 90% das pessoas não sabem que têm o problema, já que não há sintomas aparentes nos primeiros estágios. Isso leva, na maioria dos casos, ao diagnóstico tardio, quando há insuficiência renal avançada e já é necessário fazer diálise ou transplante — diz.
Se você quiser saber mais, consulte o conteúdo do livro Alimentação adequada e qualidade de vida na doença renal crônica, que será publicado em breve.
Fúlvia D'Alessandri
Letícia Barroso
Esse material será muito útil aos pacientes renais, inclusive merecendo ser divulgado junto aos pacientes renais do Hospital Dr. Beda e da PRORIM, bem como na Associação dos crônicos renais e transplantados do norte fluminense, sito na rua Gil de Góis, próx. ao centro de Saúde, ao lado do Centro da Mulher. Interessa ainda a todos os pacientes renais do Brasil, hoje já estimados em cerca de 90.000 pacientes. Desde já fico aguardando o material. Trabalho de grande importância como auxiliar ao tratamento dessas pessoas - Sou transplantado renal.
ResponderExcluirubirajarakelly@uol.com.br (22_9840-3788)
Sem dúvida um grande trabalho, como diabético tipo 1 há 23 anos, sofro com a possibilidade de uma falencia renal, e ter que ficar preso a uma maquina de diálise por horas varios dias por semana, rogo a Deus misericordia, mas, se ao final tiver que encarar mais esse desafio, que pelo menos possa ser o mais tarde possível.
ResponderExcluirparabens ao pesquisador.
Muito bom o post! Achei esse link também sobre formas de controlar a insuficiência renal crônica:
ResponderExcluirhttp://publivida.org.br/saude-blog/confira-oito-passos-para-controle-da-insuficiencia-renal-cronica/
Espero que sirva de ajuda!