quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Qual o fôlego da agricultura familiar?

Assentados vendem seus produtos na Feirinha 
Agroecológica da UENF,  toda terça, pela manhã 
(foto Alexsandro Azevedo - ASCOM UENF)
O que gera mais benefícios: o grande agronegócio ou a agricultura familiar? A agrônoma Fernanda Fernandes resolveu pesquisar o assunto em sua monografia de final de curso na UENF. Eis alguns dados: a agricultura familiar gera em torno de 75% da ocupação no setor rural (12,3 milhões de pessoas) e 38% da produção agrícola brasileira (R$ 54,4 bilhões).

Embora a agricultura familiar movimente 84,4% dos estabelecimentos agropecuários, eles juntos ocupam apenas 24,3% das terras agricultáveis do país. Os dados são do Censo Agropecuário de 2006.

O estudo também aponta ‘sérios desafios’ para o fortalecimento deste tipo de cultivo. Entre eles, uma ampla reforma agrária, políticas de preços e de crédito rural, melhoria das estradas e armazenamento dos produtos.

A monografia, que tem como título ‘Agricultura familiar e desenvolvimento sustentável’, foi orientada pelo professor Paulo Marcelo de Souza, do Laboratório de Engenharia Agrícola da UENF. Veja o que Fernanda diz sobre o tema, que tem forte componente político:

– A sustentabilidade será alcançada quando a sociedade escolher o fortalecimento e o desenvolvimento da agricultura familiar através de um programa de políticas públicas que visem à redução dos problemas sociais, associado a políticas agrícolas, industriais e agrárias de curto, médio e longo prazo.

Gustavo Smiderle

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