quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sobre as estrelas


Adriana Oliveira Bernardes
adrianaobernardes@uol.com.br


As estrelas foram e são importantes por vários motivos. Inicialmente, foram elas que deram origem a todos os elementos que conhecemos e, de certa forma, também a nós.

Vale ressaltar que somos formados por moléculas e que estas moléculas são formadas por átomos, que foram originados nas estrelas. Das estrelas até a nossa complexa formação molecular foi um longo caminho.

A nossa estrela, o Sol
Existem estrelas jovens, estrelas adultas e velhas. A diferença entre elas está nas temperaturas que apresentam e na quantidade de hidrogênio transformado em hélio.

Sobre o Sol, que é a estrela do nosso Sistema Solar, nosso velho conhecido, sabemos que ainda se encontra na fase adulta. 

Foi formado há cinco bilhões de anos e ainda terá mais cinco bilhões de anos pela frente.  É bom lembrar que, até bem pouco tempo atrás, pensava-se que as estrelas eram eternas.

O tamanho do Sol lhe conferiu estabilidade para que, emitindo praticamente a mesma energia desde sua formação, propiciasse a existência de vida em nosso planeta.Esses fatores, claro, foram associados ao fato de a Terra se encontrar na zona habitável do Sistema Solar.

No céu, se observarmos bem, veremos que existem estrelas vermelhas, azuis, amarelas. As cores estão relacionadas à temperatura de cada estrela. Existe uma faixa de temperatura que apresenta a mesma cor superficial. A  cor laranja determina uma temperatura de 6.000K , a azul, 50.000K, a branca, 10.000K e a vermelha, 2.000K.

Logo, as vermelhas são as estrelas de menor temperatura. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, as estrelas azuis possuem temperaturas muito maiores. Porém, existem estrelas de temperatura ainda menores que as vermelhas — as anãs marrons.

O meio interestelar não é vazio, contendo gás e poeira. Grande parte do gás é hidrogênio, e a poeira é formada por grafite, silicatos e gelo de água.

O gás e a poeira podem se encontrar difusos ou na forma de nuvens, chamadas nebulosas. Seu tamanho pode chegar a dezenas de anos-luz. Suas massas podem ser de milhares de vezes a massa do Sol. Serão estas nuvens que darão origem às estrelas.

Haverá possibilidade de formação de uma estrela num local da nebulosa onde houver maior concentração de gases. A força gravitacional, então, será gigantesca e, dependendo da massa de gás, poderá ser iniciada ou não a queima do hidrogênio.
SDO (Solar Dinamics Observatory)

Quando a massa é grande, a formação da estrela acontece, pois o aumento de temperatura do gás irá gerar grande emissão de energia. Porém, se a massa não for suficiente, a contração do gás dará origem a uma anã marrom — astro que emite muito pouca energia.

A partir daí, seu futuro dependerá também de sua massa. Quanto menor for a massa, mais viverá a estrela em condições normais. A massa do nosso Sol, por exemplo, foi determinante para que a vida na Terra pudesse surgir e evoluir.

Para observação do Sol, a Nasa, Agência Espacial Norte-Americana, utiliza o Solar Dinamics Observatory, que tem por missão avaliar todos os fenômenos que ocorrem na estrela e seu impacto na Terra.

Sugestão de Leitura: O Fascínio do Universo
Augusto Daminelli e João Steiner
http://www.astro.iag.usp.br/fascinio.pdf

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