Sandro Reis ao lado de Suelen Regis |
A tecnologia - desenvolvida a partir das pesquisas de doutorado de Suelen Alvarenga Regis e Eliana Monteiro Soares de Oliveira, com orientação do professor Eder Dutra de Resende (LTA/CCTA) — permite separar completamente e de forma rápida as sementes envolvidas nas mucilagens e arilo — vesícula que contém o suco e que favorece o crescimento de micro-organismos. Esses materiais eram descartados como resíduos das indústrias de suco.
— A semente purificada e desidratada pode ser estocada por mais de seis meses, sem nenhum problema. Nessas condições, a prensagem permite a obtenção de um óleo mais puro, com melhor qualidade e um maior rendimento de extração — explica o professor Eder. Este óleo é utilizado como matéria-prima pela indústria de cosméticos, podendo ser incorporado a cremes, sabonetes e xampus.
‘Casamento’ - Inaugurada em 2009, em Bom Jesus do Itabapoana, Noroeste Fluminense, a fábrica é fruto de uma parceria entre a UENF, a Embrapa Agroindústria de Alimentos e a Pesagro, com financiamento da Faperj. O mais curioso é como tudo começou: decidido a montar uma fábrica do gênero, Sandro Reis buscou na internet informações sobre a cultura do maracujá e acabou descobrindo que o pesquisador Sérgio Cenci, da Embrapa (que mantinha colaboração com Eder Dutra de Resende), tinha praticamente a mesma ideia. Daí surgiu o que Sandro chama de ‘um casamento perfeito’.
Resíduo de maracujá vira óleo para indústria |
O Prêmio Brasil de Engenharia é concedido pelo Sindicato dos Engenheiros do Distrito Federal e Instituto Atenas de Pesquisa e Desenvolvimento – Brasil, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA Brasil) e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).
Saiba mais no Informativo da UENF.
Fúlvia D'Alessandri
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