'Bicho-lixeiro' é encontrado em abundância tanto em mata contínua quanto em fragmentos
Na pesquisa — que teve a orientação do professor Gilberto Soares Albuquerque, do Laboratório de Entomologia e Fitopatologia (LEF) da UENF —, Gilson avaliou e comparou a diversidade, abundância e sazonalidade dos crisopídeos em duas unidades de preservação permanente da Mata Atlântica: a Reserva Biológica (ReBio) União e o Parque Estadual (PE) do Desengano, além de quatro fragmentos florestais situados no entorno dessas duas áreas.
— Os resultados sugerem que mesmo os fragmentos pequenos são importantes para a manutenção e preservação da diversidade deste inseto no bioma Mata Atlântica, sendo necessário que sejam preservados — explica.
Na pesquisa, ele usou dois métodos de amostragem: a rede entomológica e a armadilha atrativa. Em 13 meses, foram coletados 9.566 indivíduos, distribuídos em 32 morfoespécies, 18 das quais identificadas ao nível de espécie, pertencentes às tribos Leucochrysini e Chrysopini. A primeira foi a que apresentou uma maior diversidade.
Segundo Gilson, em sua fase larval, o crisopídeo se alimenta de insetos-pragas que atacam as plantas. No entanto, são poucas as informações sobre a sua presença na Mata Atlântica do Rio de Janeiro. No Brasil, os levantamentos existentes restringem-se principalmente à Floresta Amazônica e a agroecossistemas.
— Os insetos constituem o grupo de animais mais numeroso do planeta e grande parte deles está localizada nas florestas tropicais. Têm grande importância nos estudos de impacto ambiental e efeitos da fragmentação florestal. No entanto muitos destes insetos ainda não foram estudados, por serem pequenos, difíceis de serem encontrados e viverem nas copas das árvores — diz.
Veja a tese completa aqui.
Fúlvia D'Alessandri
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