quarta-feira, 18 de abril de 2012




Planetas Extrassolares

Adriana Bernardes

Via Láctea, a nossa galáxia
Para um melhor entendimento do que são planetas extrassolares, vamos iniciar este artigo com a definição de planeta. Tudo começou assim: na antiguidade, os gregos perceberam que havia corpos celestes que se movimentavam no céu, em relação às estrelas fixas. Eles os chamavam de “errantes”. Portanto o significado da palavra planeta é exatamente este: errante.

Porém, em 2006, após a descoberta de outros corpos celestes, como Sedna e Éris, foi necessário determinar o que era realmente um planeta. Então, no dia 24 de agosto, na reunião internacional de Astronomia, que aconteceu em Praga, Tchecoslováquia, foi dada a definição exata de planeta. Assim, decidiu-se que um planeta deveria estar em órbita de uma estrela, ter forma esférica e ser dominante em sua órbita. Foi exatamente esta definição que fez com que Plutão deixasse de ser considerado planeta e que agora seja chamado “planeta anão”. Mas sobre isto falarei num artigo próximo.

Por muito tempo pensou-se que nosso sistema solar constituía todo o universo existente. Conheciam a terra, o sol, a lua, os planetas — e isto era tudo. Foi também há pouco tempo que deixamos de pensar que nossa galáxia era então todo o universo conhecido.

Sabemos hoje que existem bilhões e bilhões de galáxias e que a Via Láctea tampouco é a maior, ou a central, ou tem alguma particularidade que a faça melhor que as outras.No fim do século XX, constatou-se não só a existência de outras galáxias, como também a existência de outros planetas orbitando estrelas destas galáxias.

Estes planetas que orbitam outras estrelas, que não o nosso Sol, são chamados planetas extrassolares ou exoplanetas. Já foram descobertos 598 planetas extrassolares e todos os dias são descobertos outros. Em sua maioria, estes planetas são gasosos e próximos demais de sua estrela, porém também vêm sendo descobertos planetas rochosos.

Os primeiros exoplanetas descobertos eram planetas que orbitavam pulsares.  Variações na frequência de emissão destas estrelas indicavam corpos girando ao seu redor. Estas descobertas ocorreram em 1992.
Planetas extrassolares são descobertos na maioria das vezes pela variação da emissão de luz emitida pela estrela. Quando um planeta transita frente a uma estrela, esta emissão é diminuída e a percepção dela é alterada. Constata-se então a existência de um planeta em órbita da estrela.

Conhecendo-se a estrela, pode-se determinar onde se localiza sua zona habitável e assim cogitar a possibilidade de vida no planeta, fato que amplia as possibilidades de estudo da astrobiologia.
Os satélites também podem auxiliar na detecção de planetas extrassolares. O Corot, francês, o Kepler, da NASA (Agência Espacial Americana), Gaia e Darwin da ESA (Agência Espacial Europeia) têm realizado um grande trabalho na detecção destes planetas.

Giordano Bruno
É importante lembrar, há mais de quatro séculos, Giordano Bruno já acreditava que estrelas são ‘sóis’ semelhantes ao nosso, com possibilidade de existência de vida em planetas girando ao seu redor. E foi justamente por estas ideias que ele foi morto.

São esses e tantos outros fatos que tornam a ciência, por si só, extremamente fascinante.

Neste site você pode acompanhar as descobertas de novos planetas extrassolares:

http://exoplanets.eu/catalog.php

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