quarta-feira, 4 de abril de 2012




Anãs Brancas

Adriana  Oliveira Bernardes
adrianaobernardes@uol.com.br


Umas das perguntas mais frequentes em relação à nossa estrela central, o Sol, é sobre a possibilidade de ele se transformar em um buraco negro. Poucos sabem, mas mesmo se isto acontecesse os planetas continuariam a orbitá-lo, pois sua massa permaneceria a mesma e a distância também, logo a força gravitacional também ficaria inalterada.

Mas a resposta a esta pergunta é não — e a razão é que ele não tem massa suficiente para que isto ocorra.
Ao finalizar suas atividades, o que ocorrerá daqui a cinco bilhões de anos,  nosso Sol se encaminhará para a fase de anã branca. Terão se passado então dez bilhões de anos desde a sua formação.

Podemos dizer que 98% das estrelas evoluem para este estágio. Conhecemos hoje mais de 15 mil anãs brancas. Para se ter uma ideia, até 1917 eram conhecidas apenas três: Sirius B,  40 Eridani B e van Maanen 2.

Nosso Sol passará pelas seguintes fases: gigante, gigante vermelha, nebulosa planetária e anã branca. Na fase em que ocorrer uma significativa expansão da estrela, ela se transformará numa gigante vermelha, que passará à fase de nebulosa planetária, para só então seguir como anã branca.

Nebulosa Planetária “Olho do Gato” em foto da NASA, obtida 
através do  Telescópio Espacial Hubble.
Uma nebulosa planetária é algo belíssimo. A chamada “olho do gato” é um bom exemplo disso. É bom lembrar que o processo em que o gás passa para o meio interestelar dura aproximadamente 5 mil anos. Conhecemos hoje cerca de mil nebulosas planetárias. Têm-se o estágio de anã branca quando o gás da nebulosa planetária, principalmente o hidrogênio, se dispersa no meio interestelar e é excitado pelos raios ultra-violetas da estrela central.

O maior estudioso do assunto foi o astrofísico Chandrasekhar. Temos hoje um telescópio de raios-x, da NASA, com o nome dele. Em 1931 este indiano estabeleceu um limite de massa para a estrela entrar neste estágio.

Estas estrelas vêm sendo estudadas desde 1850, porém como são pouco brilhantes torna-se difícil observá-las. Das estrelas da via Láctea, 10% são anãs brancas. A mais famosa é a Sirius B, que forma um sistema binário com Sirius A, a estrela mais brilhante do nosso céu à noite. 

As anãs brancas possuem massa semelhante à do nosso Sol, porém tamanho semelhante ao da Terra, o que lhes confere grande densidade. Neste estágio, ela sofre um resfriamento lento, até tornar-se uma anã negra, que não emitirá mais luz.

As estrelas, que no século XIX eram tidas como eternas, têm hoje conhecidas as principais fases de sua evolução: do nascimento à morte. E o universo? Será este, sim, eterno?
Telescópio espacial de Raios-x Chandra


SUGESTÃO DE SITES:

Site da NASA:


Site  educacional do Telescópio Espacial Chandra






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