A Via Láctea
Adriana Oliveira Bernardes
adrianaobernardes@uol.com.br
Ora, direis ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
Mas vos direi, no entanto,
que para ouvi-las muita vez desperto
e abro a janela pálido de espanto!
Olavo Bilac
adrianaobernardes@uol.com.br
Ora, direis ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
Mas vos direi, no entanto,
que para ouvi-las muita vez desperto
e abro a janela pálido de espanto!
Olavo Bilac
Vivemos no planeta Terra, um pequenino ponto azul na imensidão do cosmos — um “pálido ponto azul”, segundo Carl Sagan. Nosso planeta orbita uma estrela adulta de um sistema planetário localizado fora do centro da Via Láctea.
Nossa bela galáxia é composta por bilhões de estrelas, hoje estimadas entre 200 e 500 bilhões. Estrelas que para nós se mostram com brilho fraco, devido às enormes distâncias existentes entre elas e nós. Já foram descobertas bilhões de galáxias, então são bilhões de galáxias com bilhões de estrelas, e acredita-se que a maioria delas tenha planetas, como o nosso Sol.
Foto obtida do site http://www.apolo11.com |
Vale lembrar que o número de estrelas que observamos no céu não é este. O número de estrelas que vemos no céu varia se a observação for a olho nu, com binóculo ou telescópio. A olho nu podemos observar até 6.000 estrelas, com binóculo ou luneta, 30.000 e com telescópio, podemos chegar a observar um bilhão de estrelas.
O formato da Via Láctea é espiral. As galáxias podem ser espirais, elípticas ou irregulares, segundo a classificação feita pelo americano Edwin Hubble. Um exemplo de galáxia com forma indefinida, ou seja, irregular, é a pequena Nuvem de Magalhães, que, aliás, orbita nossa galáxia.
A Via Láctea era observada desde a Antiguidade. Recebeu este nome (que significa “caminho do leite”) devido a crenças em deuses, comuns em tempos remotos. É provável que alguns povos associassem a nossa galáxia ao leite que jorra do peito de uma deusa. Ou, quem sabe, a uma escada que a levasse da Terra ao paraíso?
Como podemos ver, muito se cogitou a respeito da Via Láctea antes da invenção do telescópio. Foi muito tempo depois que Galileu, em 1609, de posse de uma luneta, pôde afirmar que a Via Láctea era composta de uma grande quantidade de estrelas de brilho fraco.
Willian Herschel (1738-1822) era um astrônomo alemão que vivia na Inglaterra e foi o primeiro a fazer um mapeamento da Via Láctea. Herschel pensava que nosso Sistema Solar ocupava uma posição central, mas foi só alguns anos mais tarde que se chegou à conclusão que estamos a 23.000 anos luz do centro de nossa galáxia.
Ilustração de Hershel e sua irmã Caroline, que também era astronôma. |
A propósito se você não sabe o caminho para lá, é só olhar na direção da constelação de Sagitário, e você estará olhando para a direção do centro de nossa galáxia.
Numa galáxia, as estrelas azuis se localizam em seus braços espirais e as vermelhas, nos centros das galáxias. Estrelas azuis são estrelas jovens, cuja temperatura fica em torno de 20000K ou mais. A temperatura das estrelas que estão envelhecendo — as chamadas estrelas vermelhas — fica entre 2000K e 3000K.
As galáxias se concentram em grupos. A Via Láctea faz parte de um grupo de 50 galáxias, o qual chamamos de Grupo Local.
Sobre a Via Láctea, é bom lembrar que está em rota de colisão com a galáxia de Andrômeda, que, aliás, é a galáxia mais próxima de nós, sendo também uma galáxia espiral, que se encontra a 2.000.000 de anos luz. Neste processo, as galáxias passam uma por dentro da outra, sem que haja colisão entre as estrelas, pois os espaços entre elas são muito grandes.
Sugestão de sites:
http://astro.if.ufrgs.br/vialac/vialac.htm
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