Entendendo os buracos-negros
Adriana Oliveira Bernardes
adrianaobernardes@uol.com.br
Como alguém que vem trabalhando com divulgação de astronomia há alguns anos, tenho tido a oportunidade de apresentar palestras em escolas, universidades, clubes de astronomia e também em eventos relacionados à área. Os assuntos são variados e tento escolhê-los de forma adequada ao público que irá assistir à palestra — que tanto pode ser formado por alunos de ensino fundamental e médio, como por alunos de graduação em física. Nos clubes de astronomia, também tenho a oportunidade de falar ao público em geral.
Muitas questões despertam o interesse do público — como por exemplo o nascimento da astronomia, o nosso Sistema Solar, a mitologia que explica o nome dos corpos celestes, a descoberta de novos planetas fora do Sistema Solar etc. Enfim, são muitos os assuntos e, de uma maneira geral, todos despertam a atenção. Mas nenhum assunto traz tanto interesse como os buracos negros. Bom, esta é uma opinião pessoal, mas que tal entender como se forma e o que faz um buraco negro?
Dos primórdios de seu entendimento — quando se falava em ‘estrela escura’—, ao grande passo dado por Stephen Hawking em relação aos buracos negros, muitas são as dúvidas e discussões que pairam sobre este assunto.
Um buraco negro é dotado de grande força gravitacional na sua superfície, pois é extremamente denso, de forma que de lá nem a luz pode escapar. É justamente por isso que ele é chamado de buraco negro, pois não pode ser observado diretamente.
Podemos descobri-los, contudo, por sua ação sobre outras estrelas. Principalmente quando estão num sistema duplo, ou seja, quando o buraco negro e uma estrela comum giram um ao redor do outro, ou melhor, ambos ao redor do centro de massa do conjunto.
Há uma idéia geral errada sobre os buracos negros, de que eles são vorazes devorados galácticos, engolindo estrelas, planetas e tudo mais que se ponha em seu caminho. Na verdade eles só “devoram” algo quando este vai em direção a eles. Se o nosso Sol, por exemplo, se tornasse um buraco negro, os planetas continuariam girando ao redor dele como sempre o fizeram.
Quando a estrela envelhece, a taxa de transformação de hidrogênio em hélio vai diminuindo e a pressão de radiação é menor. Essa pressão já não contrabalança mais a força gravitacional, então a estrela começa a aumentar de tamanho. Neste momento ela poderá seguir três caminhos: transformar-se num buraco negro, numa anã branca ou em uma estrela de nêutrons.
Nosso Sol não tem massa suficiente para se tornar um buraco negro e terminará seus dias como uma anã branca. Nesta fase, ele irá parar de brilhar e não emitirá mais energia. No núcleo de nossa galáxia , existe um buraco negro que fica na direção da constelação de Sagitário. Temos a evidência de que este possui três milhões de massas solares.
Alguns cientistas acreditam que os buracos negros sejam a chave para desvendar o cosmos. Outros são mais céticos em relação a sua importância para compreensão de como se deu a formação do universo. Porém uma coisa é certa: os buracos negros exercem um grande fascínio nas pessoas, haja vista a grande confusão gerada quando o acelerador de partículas entrou em funcionamento. Muitas pessoas acreditaram que os buracos negros gerados pelo acelerador de partículas acabariam destruindo nosso planeta, o que, conforme haviam previsto os cientistas, não ocorreu.
Sugestão de livro:
Explorando a Astronomia, pode ser obtido no site do MEC:
Muitas questões despertam o interesse do público — como por exemplo o nascimento da astronomia, o nosso Sistema Solar, a mitologia que explica o nome dos corpos celestes, a descoberta de novos planetas fora do Sistema Solar etc. Enfim, são muitos os assuntos e, de uma maneira geral, todos despertam a atenção. Mas nenhum assunto traz tanto interesse como os buracos negros. Bom, esta é uma opinião pessoal, mas que tal entender como se forma e o que faz um buraco negro?
Dos primórdios de seu entendimento — quando se falava em ‘estrela escura’—, ao grande passo dado por Stephen Hawking em relação aos buracos negros, muitas são as dúvidas e discussões que pairam sobre este assunto.
Um buraco negro é dotado de grande força gravitacional na sua superfície, pois é extremamente denso, de forma que de lá nem a luz pode escapar. É justamente por isso que ele é chamado de buraco negro, pois não pode ser observado diretamente.
Podemos descobri-los, contudo, por sua ação sobre outras estrelas. Principalmente quando estão num sistema duplo, ou seja, quando o buraco negro e uma estrela comum giram um ao redor do outro, ou melhor, ambos ao redor do centro de massa do conjunto.
Há uma idéia geral errada sobre os buracos negros, de que eles são vorazes devorados galácticos, engolindo estrelas, planetas e tudo mais que se ponha em seu caminho. Na verdade eles só “devoram” algo quando este vai em direção a eles. Se o nosso Sol, por exemplo, se tornasse um buraco negro, os planetas continuariam girando ao redor dele como sempre o fizeram.
Quando a estrela envelhece, a taxa de transformação de hidrogênio em hélio vai diminuindo e a pressão de radiação é menor. Essa pressão já não contrabalança mais a força gravitacional, então a estrela começa a aumentar de tamanho. Neste momento ela poderá seguir três caminhos: transformar-se num buraco negro, numa anã branca ou em uma estrela de nêutrons.
Nosso Sol não tem massa suficiente para se tornar um buraco negro e terminará seus dias como uma anã branca. Nesta fase, ele irá parar de brilhar e não emitirá mais energia. No núcleo de nossa galáxia , existe um buraco negro que fica na direção da constelação de Sagitário. Temos a evidência de que este possui três milhões de massas solares.
Alguns cientistas acreditam que os buracos negros sejam a chave para desvendar o cosmos. Outros são mais céticos em relação a sua importância para compreensão de como se deu a formação do universo. Porém uma coisa é certa: os buracos negros exercem um grande fascínio nas pessoas, haja vista a grande confusão gerada quando o acelerador de partículas entrou em funcionamento. Muitas pessoas acreditaram que os buracos negros gerados pelo acelerador de partículas acabariam destruindo nosso planeta, o que, conforme haviam previsto os cientistas, não ocorreu.
Sugestão de livro:
Explorando a Astronomia, pode ser obtido no site do MEC:
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