quarta-feira, 31 de julho de 2013

Por dentro das rochas

Pesquisa sobre a estrutura interna de reservatórios na Bacia de Campos utiliza dados sigilosos cedidos pela UOBC-Petrobras 

Dentre os estudos necessários para a prospecção de petróleo, um dos mais importantes é o que caracteriza o conjunto de rochas que compõem os reservatórios. Dados de um importante campo de petróleo da Bacia de Campos foram cedidos sob sigilo pela UOBC-Petrobras para que a UENF desenvolvesse a pesquisa “Interpretação de reservatório turbidítico na Bacia de Campos usando inversão sísmica e perfis de poços”, defendida no último dia 04/07 pela então mestranda Maria Gabriela Pimentel Pantoja, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Reservatório e de Exploração da UENF.

Orientada pelo professor Antonio Abel González Carrasquilla e coorientada pelo professor Fernando Sérgio de Moraes, ambos do Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo da UENF (LENEP/UENF), a pesquisa utilizou softwares comerciais para interpretação de dados gentilmente cedidos pelas multinacionais Senergy  (empresa escocesa, que desenvolve o software Interactive Petrophysics para interpretação de dados geofísicos de poço) e Fugro (holandesa, subsidiária da empresa francesa Compaigne Generale de Geophysique - CGG, que cedeu o software Jason para interpretação de dados sísmicos). 

A pesquisa busca compreender melhor a estrutura interna de um reservatório turbidítico (depósito sedimentar, originado por correntes de turbidez submarinas) situado na Bacia de Campos. Para desenvolver a pesquisa, Gabriela também contou com uma bolsa de estudo financiada pela Petrobras, através de projeto coordenado pelo professor Fernando Moraes.

A Banca Examinadora teve a presença dos professores Marco Antônio Rodrigues de Ceia (LENEPUENF),  Roseane Marchezi Misságia (LENEP/ UENF) e  Klédson Tomaso Pereira Lima (Petrobras), além do orientador e do co-orientador da pesquisa.

— O objetivo da pesquisa foi delinear a distribuição de fácies (conjunto de rochas com determinadas características distintivas) e de porosidade de um reservatório turbidítico da Bacia de Campos, chamado Campo C — diz Gabriela.

Segundo ela, trata-se de um reservatório descoberto em 1984, localizado a cerca de 80 km da costa. Para tanto foram usadas informações provindas da geologia, dados de poços e da sísmica. Dentre outras coisas, buscou-se promover a estimativa de largura e espessura dos reservatórios e indicar as regiões de maior porosidade.

— Os reservatórios turbidíticos de águas profundas representam uma das mais importantes reservas mundiais. Esses sistemas de águas profundas se constituem, muitas vezes, de depósitos heterogêneos e complexos compostos por camadas de espessuras subsísmicas. Nestes casos, as ferramentas de análise e modelagem são levadas ao limite — afirma.

Segundo a pesquisadora, o conhecimento da geometria e da arquitetura dos reservatórios é fundamental no processo de caracterização. Isto porque a distribuição e o deslocamento de fluidos no interior das rochas são controlados pela forma (geometria) dos corpos sedimentares, bem como pelo arranjo (arquitetura) espacial destes corpos. No entanto, quanto mais complexos são estes reservatórios, mais difícil se torna caracterizá-los.

Com uma área aproximada de 100.000 km²,  a Bacia de Campos está localizada no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro e ao sul do Estado do Espírito Santo. A Bacia abriga cerca de 2 mil poços perfurados em mais de três décadas de exploração petrolífera.

Fulvia D'Alessandri

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Surto de botulismo em rebanhos em Campos


Pesquisadores da UENF ajudam a firmar diagnóstico e orientam produtores sobre como evitar novos surtos da doença

Uma intoxicação exógena, denominada botulismo hídrico, causada pela ingestão de toxinas através da água contaminada, levou a óbito 163 bubalinos de diversas categorias, sendo 65% (105 animais) fêmeas gestantes ou em fase de amamentação. A mortalidade foi registrada em um período de cinco meses, com estudo em local pantanoso e topografia de baixo declive em Campos dos Goytacazes. O diagnóstico foi firmado pelo professor Eulogio Queiroz de Carvalho; seu orientado, o doutorando Raphael Mansur Medina; do Laboratório de Morfologia e Patologia Animal (LMPA) da UENF; e os médicos veterinários Serafim Saldanha Braga de Azeredo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e Cláudio Vilela Vieira, coordenador de Defesa Agropecuária do Rio de Janeiro.

Na maioria dos casos, o gado apresentava dificuldades respiratórias, estado mental aparentemente normal e sinais neurológicos de paralisia flácida da musculatura, o que dificultava a locomoção. Nos pastos foram observadas coleções de água esverdeada com elevada quantidade de matéria orgânica, constituída por fezes dos próprios búfalos,  aves aquáticas e  urubus. Nesses locais os animais vinham a óbito.

O grupo detectou que a prática nas propriedades era a de não recolher as carcaças que se decompunham na pastagem ou em contato com a água pantanosa. Com a ocorrência crescente da enfermidade e de óbitos, eram muitas as carcaças decompostas presentes na água que os animais bebiam, fator que retroalimentava a mortalidade.

Segundo Eulógio, a ocorrência de botulismo depende de uma série de fatores envolvendo a intensidade da contaminação ambiental pelos esporos da bactéria Clostridium botulinum, além da presença de substrato e a existência de condições ideais para sua multiplicação e formação de toxina. A proliferação da doença foi causada pelo sistema de produção utilizado (o manejo dos animais).  Os dejetos deixados no ambiente determinaram a forma e intensidade do surto. Diante do quadro encontrado, os pecuaristas receberam orientações técnicas para evitar que novos surtos da doença venham a ocorrer.

Nas análises realizadas no Laboratório de Enfermidades Infecciosas dos Animais, da Unesp/Araçatuba, foi possível detectar a toxina botulínica tipo C, o que levou à confirmação do diagnóstico clínico-patológico e epidemiológico de botulismo hídrico realizado na UENF. Também foram feitas análises em amostras de fígado, conteúdo intestinal e conteúdo ruminal dos animais necropsiados, nos quais foram diagnosticadas lesões compatíveis com a desnutrição. Na opinião de Eulógio, este fator deve ter contribuído para o agravamento dos efeitos da toxina encontrada no ambiente e nos órgãos examinados.

Intoxicação pode acometer também o homem

Resultante da ingestão de toxinas previamente formadas pela bactéria anaeróbia Clostridium botulinum, o botulismo é uma intoxicação exógena grave que pode estar acometer tanto o homem quanto os animais, inclusive aves e outras espécies.

Nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás foram registrados surtos esporádicos de botulismo hídrico em bovinos. No Maranhão existem descrições de surtos de botulismo enzoótico em búfalos, relacionados com a presença de matéria orgânica vegetal nas poças formadas em períodos de estiagem e ingeridas pelos animais.

Para controlar e evitar a enfermidade, é necessário evitar a permanência de cadáveres no pasto e no pântano e/ou áreas alagadas e evitar situações de descontrole no manejo da suplementação mineral e alimentar. 

— É necessária a retirada imediata dos animais da pastagem contaminada; a eliminação de carcaças nos campos e no pântano; tratamento de suporte fornecendo água e alimentos de boa qualidade; vacinação do rebanho contra botulismo a partir de quatro meses e revacinação 30 a 40 dias após, depois a vacinação anual. Porém, como o desafio é muito grande, faz-se necessária a vacinação semestral até o controle total do problema — conclui o professor.

Thais Peixoto

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cutícula protetora

Cientistas descobrem por que ovos de insetos são protegidos contra a perda de água; mecanismo pode ter ajudado na conquista do ambiente terrestre

Cutícula serosa isolada
Uma película impermeável, formada dentro dos ovos de insetos em desenvolvimento, chamada cutícula serosa, protege o ovo contra a perda de água para o ambiente, conferindo a resistência à dessecação. Acredita-se que o surgimento dessa cutícula serosa, ao longo da evolução, foi um dos fatores que possibilitaram aos insetos conquistar o ambiente terrestre. Esta é a constatação da pesquisa “A serosa extraembrionária protege o ovo de insetos contra a perda de água”, publicada na revista Proceedings of the Royal Society B. Um dos autores do artigo é o professor da UENF, Gustavo Rezende, do Laboratório de Química e Função de Proteínas e Peptídeos (LCQFPP), em conjunto com os pesquisadores holandeses Chris Jacobs e Maurijn Van Der Zee.

A pesquisa analisa a embriogênese — uma etapa do ciclo de vida dos insetos — e parte do estudo buscou compreender de que forma os ovos do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor da dengue (um inseto essencialmente aquático), consegue resistir em ambientes secos por até um ano. Segundo Rezende, a cutícula serosa, produzida por um grupo de células chamadas de “serosa”, impermeabiliza o ovo, impedindo a perda de água mesmo quando ele é colocado em um ambiente muito seco.  

— No início o embrião não está protegido contra perda de água e se for posto em um ambiente muito seco, ele murcha, seca e morre. Com cerca de um terço da embriogênese, as células da serosa já estão formadas e elas produzem a cutícula serosa, que é essencial para proteger o ovo de inseto contra a perda de água para o ambiente — explica.

 Rezende ressalta que futuramente esse processo de resistência à dessecação pode se tornar importante para o desenvolvimento de controle de insetos que sejam vetores de doenças ou pragas agrícolas. O artigo recebeu um comentário na revista científica Nature, feito pelo jornalista científico Ed Yong.

Besouro-castanho (Tribolium castaneum)
— Esse trabalho foi muito extenso e exigiu grandes esforços de toda a equipe envolvida. O Ed Yong é um renomado jornalista científico e ter recebido essa atenção, bem como toda a divulgação decorrente disso, nos mostrou o reconhecimento e a importância dessa pesquisa — disse.

O tema vem sendo estudado há mais de uma década por um grupo de pesquisa do qual Gustavo Rezende fazia parte, organizado pela professora Denise Valle, da Fiocruz. Em paralelo ao estudo do professor Gustavo em que o foco era o mosquito Aedes aegypti, o grupo do professor holandês Maurijn Van Der Zee analisava como a serosa se formava no besouro-castanho (Tribolium castaneum), e em 2005 foi produzido um ovo desse besouro sem as células da serosa. Só a partir do estudo com Aedes aegypti foi levantada a hipótese de que a serosa e a cutícula serosa poderiam ter a função de proteger os ovos contra a perda de água. Desta forma, em 2009 foi estabelecida uma colaboração que resultou no artigo publicado.

Cutícula serosa está presente só nos insetos
   
Dentre os artrópodes (animais invertebrados), os insetos foram os que tiveram mais sucesso em ocupar o ambiente terrestre. O grupo dos insetos também é o único a produzir uma cutícula serosa e possuir uma camada de células — a serosa — que envolve completamente o embrião durante a embriogênese.

Segundo Gustavo, trabalhos anteriores com mosquitos sugeriram que a cutícula serosa protegeria os embriões da perda de água para o ambiente, mas isso nunca foi confirmado experimentalmente. Para tentar comprovar a função da serosa e de sua cutícula na impermeabilização, foi utilizada a abordagem de gerar embriões do besouro Tribolium castaneum, que não possui serosa, ao bloquear a expressão do gene zen1. Outra abordagem feita foi a geração de embriões que possuem serosa, mas cuja cutícula serosa não é bem formada, através do bloqueio da expressão do gene chs1.

— Tanto embriões sem serosa quanto sem uma cutícula serosa bem formada conseguem se desenvolver normalmente em umidade relativa de 60%. No entanto, quando diminuimos gradativamente a umidade relativa para até 5%, esses embriões sem serosa e sem cutícula serosa não conseguem terminar seu desenvolvimento e morrem no meio do caminho. Por outro lado, embriões normais (que possuem a serosa e a cutícula) se desenvolvem normalmente mesmo em 5% de umidade relativa — disse.

Thaís Peixoto

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Combate à mastite

Pesquisadores da UENF ministram palestras para pequenos produtores rurais da região com o objetivo de deter o avanço da doença

Uma das principais doenças que acometem o gado leiteiro no Norte/Noroeste Fluminense é a mastite — inflamação das glândulas mamárias —, que pode gerar uma perda de até 40% da produção. Este é um dos problemas que um grupo de pesquisadores da UENF vem tentando solucionar através do projeto de extensão “Monitoramento da qualidade do leite proveniente de vacas de produtores familiares e assentados de nove localidades dos municípios de São João da Barra, Santa Maria Madalena e São Fidélis-RJ”.

Segundo o professor Márcio Manhães Folly, do Laboratório de Sanidade Animal (LSA) da UENF, os casos da doença são comuns e ocorrem em praticamente todas as pequenas propriedades. Por falta de assistência técnica, nem sempre são tomadas as medidas necessárias para evitar a proliferação da mastite, o que acarreta sérios prejuízos aos produtores.

A mastite é uma doença contagiosa e de fácil transmissão entre as vacas, podendo ocorrer em uma ou mais tetas na fase de lactação ou durante o período seco, fazendo com que o leite perca lactose, proteína e gordura. A doença pode se apresentar de forma clínica, na qual os sintomas são visíveis, e subclínica, na qual os sintomas não estão presentes, dificultando o diagnóstico.

— A mastite clínica pode ser diagnosticada através da observação dos primeiros jatos de leite e através de sinais clínicos dos animais afetados; já a subclínica precisa de testes especiais como o CMT (California Mastites Test). A dificuldade de ter esse diagnóstico pode resultar em uma queda de 40% na produção do leite de cada vaca, gerando um enorme prejuízo para o produtor – afirma Folly.

O programa de extensão pretende atender diretamente mais de 40 propriedades, concentrando-se em locais geograficamente desvalorizados na região do Norte Fluminense.

— Vamos levar o conhecimento acadêmico para o campo para tentar melhorar a qualidade da produção local – diz.

A palestra “Controle e profilaxia de mastite bovina e qualidade do leite” vem sendo apresentada a pequenos produtores rurais da região pelo professor Folly, a médica veterinária Hingrid Barbosa e as alunas de Medicina Veterinária Elaine da Silva e Thaísa Aguirre. Em agosto e setembro, as palestras serão dirigidas aos produtores rurais de Santa Maria Madalena e São Fidélis.

As palestras também têm a intenção de esclarecer as mudanças ocorridas na regulamentação do setor lácteo no Brasil. Em vigor desde dezembro de 2011, através do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Instrução Normativa nº 62 trouxe novidades na regulamentação do setor lácteo no Brasil. A medida é uma resposta às dificuldades ocorridas na implantação da Instrução Normativa de 2002 e, segundo Folly, apresenta uma proposta mais coerente à realidade da produção de leite do país, oferecendo melhores condições e tempo para que os produtores possam se adaptar às mudanças. A grande novidade na legislação está na criação de uma Comissão Técnica Consultiva que terá o papel de avaliar as ações voltadas para a melhoria da qualidade do leite.

Teste CMT
— A maioria dos produtores locais não conhece a nova norma e necessita de assistência técnica para se enquadrar nos padrões de qualidade — diz o professor.

Segundo Hingrid, a qualidade deve atender às exigências do consumidor. Em primeiro lugar, o leite para consumo não pode ser ácido ou conter outras substâncias como água e deve ter um número limitado de bactérias e células somáticas, que são as células de defesa do animal, evitando que nele se desenvolva alguma doença, como a mastite.

Contaminação pode ser evitada

O teste CMT pode mostrar se no rebanho há vacas acometidas pela mastite subclínica, ainda que não apresentem os sintomas. Desta forma, o leite destas vacas não é misturado com o das vacas sadias, evitando-se a contaminação de toda a produção.

— Quando o leite chega à cooperativa, passa por testes que medem a sua acidez. Se o teste indicar que o leite provém de uma vaca doente, o preço pode cair até cinco vezes para o produtor — observa o professor.

Medidas simples também podem evitar a doença, como lavar as tetas das vacas e secá-las com papel toalha ou higiênico, fazer uma imersão das tetas em solução iodada antes e depois de cada ordenha e não permitir que a vaca se deite no chão até duas horas após a ordenha.

— Isto porque durante este período o canal da teta fica aberto, sendo uma porta de entrada para microrganismos patogênicos. Para isso é só oferecer alimento ao animal —

Também é importante que o ordenhador lave as mãos antes e depois do trabalho. A mastite, uma vez diagnosticada, deve ser tratada com remédios específicos.

Rebeca Picanço
Fulvia D'Alessandri 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Coluna Infinitum - Observatório Espacial Herschel





Observatório Espacial Herschel

Adriana Oliveira Bernardes
 adrianaoliveirabernardes


Sondas, satélites, telescópios, foguetes... O homem tem se utilizado de várias formas para explorar nosso Sistema Solar e também estudar algumas das bilhões de galáxias existentes. Hubble, James Webb, Planck, Kepler e também Herschel são alguns dos recursos lançados ao espaço, com o intuito de conhecer um pouco mais sobre o universo.

Neste artigo falarei sobre o observatório espacial Herschel, que recebeu este nome  em homenagem ao astrônomo inglês de origem alemã, Willian Herschel (1738-1822). Filho de músico, Herschel se mudou para Inglaterra quando era ainda jovem.Analisando seu trabalho, verificamos que suas descobertas foram importantes. Uma delas foi o planeta Urano, sétimo planeta a partir do Sol. Urano, um planeta gasoso, foi observado por Herschel com um telescópio construído que ele mesmo construiu.




Na imagem acima, o astrônomo Willian Herschel

Outro trabalho digno de nota desenvolvido por Herschel, foi a catalogação de estrelas duplas. Ele descobriu que a estrela Castor — a mais brilhante da constelação de Gêmeos — e sua companheira de brilho fraco são binárias físicas, o que significa que interagem gravitacionalmente.

Consta também que Herschel descobriu a radiação infravermelha — um tipo de radiação não ionizante e que não é visível pelo olho humano.Medindo com um termômetro as temperaturas das várias cores do espectro obtido através de um prisma, Herschel observou que a maior temperatura se achava ao lado do vermelho, porém ali não havia nenhuma luz. Estava descoberta assim a radiação infravermelha, invisível a nossos olhos.

Bom, o Observatório Espacial é uma sonda projetada pela Agência Espacial Européia (ESA), numa associação com dez países. Trata-se de um artefato tecnológico, com 9m de altura e 4,3m de largura, pesando aproximadamente 3 toneladas.

A sonda foi lançada em maio de 2009 pelo veículo espacial Ariadne 5 para uma missão de quatro anos, devendo ser em breve aposentada.

Imagem do Herschel. Fonte: Site da ESA http://www.esa.int



Seu espelho foi feito de carboneto de silício, que é uma liga leve, resistente a temperaturas extremas. Tem 3,5m de diâmetro, sendo o maior espelho utilizado em missões atualmente.

Suas imagens são captadas por meio de radiação infravermelha. Aquela mesma, descoberta por Herschel, e tem muito sucesso na obtenção de imagens de  galáxias existentes desde a época em que o universo se formou.

O objetivo do observatório Herschel é estudar a formação das galáxias no inicio do universo, investigar a formação de estrelas e avaliar a composição química atmosférica e também as superfícies de cometas, planetas e satélites.

A tentativa de compreensão do universo vem sendo uma constante na trajetória do homem na Terra, desde o Sputnik até os mais modernos telescópios espaciais. O homem utiliza-se de altas tecnologias para entender como o universo está organizado, do que é formado e, principalmente, qual será sua evolução.


SUGESTÕES DE SITE:
http://www.esa.int