Luciana Simões mostra o resultado de sua pesquisa |
Na pesquisa — que durou oito meses e teve como orientador o professor Carlos Maurício Fontes Vieira — Juliana constatou que é possível aplicar menos água na produção da cerâmica e, ao mesmo tempo, confeccionar um produto de melhor qualidade. Essa associação permite menos danos ao meio ambiente, uma vez que os resíduos do vidro geralmente são subaproveitados — grande parte deste material acaba sendo descartara em aterros, ou, então,diretamente no meio ambiente, como em rios, por exemplo.
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da incorporação de até 40% deste resíduo — gerado na forma de lama proveniente da etapa de lapidação da fabricação de vidros — em cerâmica vermelha. Os resultados indicaram que o resíduo altera as propriedades da cerâmica vermelha com redução da absorção de água e aumento da resistência mecânica.
A pesquisa foi feita no LAMAV/UENF |
— Além disso, há o reuso do resíduo como um subproduto e possível redução do custo para a empresa geradora. A disponibilidade do resíduo para as indústrias de cerâmica vermelha pode ter um custo menor do que a sua disposição em aterros sanitários industriais — conclui.
O trabalho também foi apresentado no VI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT), realizado de 02 a 06/06/14 no Centro de Convenções Oscar Niemeyer da UENF. O Prêmio Jovem Ceramista é promovido pela Anicer com o apoio da Associação Brasileira de Cerâmica (ABC) e tem como objetivo estimular as pesquisas voltadas para a indústria de cerâmica vermelha e premiar projetos com destaque inovador e que contribuam para o desenvolvimento do setor. O primeiro lugar ficou com o artigo “Obtenção de um compósito cerâmica-polímero para a produção de telhas cerâmicas com a eliminação da etapa de queima”, do aluno Fábio Rosso, do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), de Santa Catarina.
Cilênio Tavares
Fotos: Paulo Damasceno
Nenhum comentário:
Postar um comentário