Artigo de pesquisadores da UENF e da UFPA sobre a malária aviária é o mais visto na Veterinary Research, revista científica de maior impacto na área de veterinária
Foto-legenda publicada na Revista Veterinay Research |
Consulte o artigo na íntegra.
As pesquisas foram iniciadas em 2008. O artigo é o segundo de uma cooperação com a UFPA, formalizada por um projeto com financiamento da Capes (Procad Novas Fronteiras). Desta vez, a infecção experimental e as análises foram todas realizadas na UENF. A pesquisa concluiu que o bloqueio da produção de óxido nítrico — molécula produzida por várias células, incluindo as do sistema imune em indivíduos infectados — aumenta a sobrevida das aves, apesar de aumentar a presença do parasito no sangue. Segundo o professor Renato DaMatta, um dos autores do artigo, o óxido nítrico é produzido em grande quantidade quando o organismo das aves está infectado pelo Plasmodium gallinaceum — protozoário responsável pela doença.
Renato DaMatta |
O estudo, que além da Capes conta com apoio da Faperj, Fapespa e CNPq, também serviu para ampliar os conhecimentos sobre imunologia da galinha, ainda pouco estudada no Brasil. O que, segundo DaMatta, é um contrassenso, já que o país é o maior exportador de frango do mundo. Na pesquisa, foi observada alteração no número e na morfologia de linfócitos, monócitos, heterófilos e trombócitos (plaquetas). Foi feita ainda uma observação inédita em galinhas: o aparecimento na circulação sanguínea, durante a infecção, de trombócitos —que em vertebrados não mamíferos são nucleados — com núcleo longo ou duplicado, o que sugere que ainda não estavam maduros o suficiente para saírem da medula.
O artigo também é assinado pelos professores Eulógio Carlos Queiroz de Carvalho e Antônio Peixoto Albernaz, do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA) da UENF; além dos pesquisadores Barbarella Matos de Macchi e José Luiz Martins do Nascimento (ambos da UFPA) e os alunos Farlen José Barber Miranda (pós-graduação) e Fernanda Silva de Souza (iniciação científica), ambos do LBCT.
Fúlvia D'Alessandri
Nenhum comentário:
Postar um comentário