Ana Bárbara (esq.): lançando as bases do conhecimento |
— Aqui eu busco trabalhar com os alunos utilizando, além da teoria, a forma prática para que eles compreendam melhor cada detalhe de um animal que esteja sendo estudado. É necessário dar uma condição inicial aos estudantes para que eles conheçam todo o processo e futuramente tenham a teoria e a prática refletidas no trabalho — disse.
Uma das maneiras de preparar um estudo prático com um órgão de animal, por exemplo, é a técnica de secagem por injeção de ar. O método de secagem por injeção de ar consiste em um método de baixo custo e com alto poder de conservação, sendo uma excelente ferramenta para substituição da utilização de formol em peças ocas. Este é um método de conservação de vísceras ocas que consiste na eliminação da umidade do tecido através da injeção de ar na luz do órgão. Este deve ser submetido a um constante fluxo de ar, capaz de manter o órgão dilatado até a completa secagem. Após esta etapa, quando a forma do órgão se encontra inalterada, pulveriza-se o mesmo com terebentina e finaliza o processo com a envernização da peça.
Dentre as diversas ferramentas de ensino, a Seção de Anatomia Animal conta com esqueletos montados de animais como cão, suíno, equino e caprino. Também é possível vivenciar a morfoloia externa de animais domésticos e silvestres taxidermizados. A taxidermia é uma técnica muito antiga, iniciada pelos egípcios cerca de 2.500 a.C.. É usada para a criação de coleção científica e para fins de exposição. Ela é considerada importante ferramenta no processo conservacionista, trazendo alternativa de lazer e cultura para a sociedade. O principal objetivo do uso dessa técnica é o resgate de espécimes descartados, reconstituindo suas características físicas e, às vezes, simulando seu habitat o mais fielmente possível para que possam ser usados como ferramentas para educação ambiental ou como material didático. Para Ana Bárbara, estudar e ensinar a topografia dos órgãos e a relação das vísceras exigem "muito empenho e amor pelo que se faz".
Para as estudantes Aline Félix, 19 anos, e Stephany Carvalho, 21 – ambas do segundo período de Medicina Veterinária na UENF -, a prática é essencial e amplia a visão de tudo que é estudado na teoria.
— Os ensinamentos teóricos são fundamentais, mas quando temos o material para ser analisado, nós conseguimos obter todos os detalhes e as especificações das peças. Isso é muito gratificante — afirma Aline.
Thaís Peixoto
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