Com uma área plantada de 6.310.450 hectares, o eucalipto brasileiro ainda tem muito o que melhorar em termos de produtividade. Para tanto, é cada vez mais necessário o investimento em pesquisas científicas — como a realizada pelo doutor em Produção Vegetal pela UENF Fábio Afonso Mazzei Moura de Assis Figueiredo, que durante três anos se debruçou sobre o assunto.
Intitulada “Características morfofisiológicas de mudas clonais de eucalipto e suas implicações no padrão de qualidade para plantio e crescimento no campo”, a pesquisa, defendida em abril do ano passado, teve a orientação do professor José Geraldo de Araújo Carneiro, do Laboratório de Fitotecnia (LFIT) da UENF. Segundo o pesquisador, a produtividade da cultura, hoje em torno de 41 metros cúbicos/hectare/ano, pode alcançar 70 metros cúbicos/hectare/ano com a ajuda da ciência.
— A qualidade das mudas é determinante no crescimento e consequentemente na produtividade das áreas plantadas. Nosso objetivo foi explorar os diversos parâmetros morfológicos e fisiológicos que expressam a qualidade das mudas no viveiro e seu respectivo crescimento no campo — explica.
Devido à crise financeira mundial, em 2009 houve ema redução da taxa de crescimento das áreas de florestas plantadas com eucalipto, o que reduziu significativamente a demanda dos mercados compradores. No Brasil há 220 empresas de papel e celulose em cinco regiões, responsáveis por 14,4% do saldo da balança comercial, que geram 114 mil empregos diretos e outros 500 mil empregos indiretos. Os dados são do relatório anual de 2010 da Associação Brasileira de Celulose e Papel.
Fábio foi co-orientado pelo pesquisador Ricardo Miguel Penchel, da Fibria Celulose - que atuou como parceira da UENF no desenvolvimento da pesquisa.
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